O prémio Nobel da Paz foi neste ano atribuído a Ales Bialiatski, um bielorrusso, “que luta pela liberdade e democracia”, escreveu Svetlana Tikhanovskaia numa mensagem publicada na rede social Twitter, poucos minutos depois do anúncio do Comité Nobel Norueguês, em Oslo.
Ales Bialiatski, actualmente preso na Bielorrússia, fundou a organização Viasna (Primavera) em 1996, para ajudar presos políticos e as suas famílias, na sequência da repressão do regime do presidente Alexander Lukashenko.
O galardão foi atribuído ao ativista bielorrusso Ales Bialiatski e a duas organizações de Direitos Humanos: uma russa, a Memorial, e uma ucraniana, a Center for Civil Liberties.
Uma das primeiras reações à distinção foi a da mulher de Ales Bialiatski, Natalia Pintchouk, que afirmou estar muito emocionada, elogiando “o reconhecimento do trabalho” do marido, dos seus colaboradores e da sua organização, em declarações à AFP.
“Fizeram um esforço notável para documentar crimes de guerra, abusos dos Direitos humanos e abuso de poder. Juntos, demonstram a importância da sociedade civil para a paz e a democracia”, segundo o comunicado do Comité Nobel Norueguês.
O Papa Francisco, o ativista russo Alexei Navalny, o documentarista de História Natural britânico David Attenborough, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dissidente bielorrussa Svetlana Tsikhanouskaya e o Tribunal Internacional de Haia constavam entre os potenciais vencedores do galardão.
Igualmente, entre os candidatos ao galardão apontados pelos ‘media’ internacionais, estavam a ambientalista Greta Thunberg, o Governo de Unidade Nacional de Myanmar (antiga Birmânia), formado por opositores ao golpe de Estado ocorrido no ano passado, e os ativistas de Hong Kong Agnes Chow e Nathan Law.
Be the first to comment on "Nobel da Paz atribuído ao bielorusso Bialiatski"