José Bermúdez, director da Escola de Cooperativismo (EsCoop), com sede em Michoacán, no México, comunicou recentemente que, dentro de uma unidade do curso “Filosofia Cooperativa”, será desenvolvida a leitura, análise e reflexão sobre o “Pensamento Filosófico Cooperativo” (artigo publicado neste Diário 560), do educador José Yorg, dentre outros autores de referência.
Bermúdez sublinhou, através de um vídeo institucional, que José Yorg, “o cooperário”, é um estudioso e investigador pedagógico, que também se aventura fortemente em temas filosóficos, o que explica em numerosos trabalhos publicados na América Latina, em Espanha e Portugal, e portanto, “é de nosso interesse contar com o seu apoio e seu trabalho académico.”

Metodologia
O diretor Bermúdez explica que durante as sessões (num total de 64 horas, em regime b-learning) serão discutidos artigos de opinião, teses, textos selecionados e artigos científicos publicados por diversos autores, sob a metodologia participativa, que conduz à análise e reflexão sobre diversos pensamentos filosóficos. O curso tem início a 8 de Julho.
O curso pretende estudar as “posições filosóficas cooperativas: como Yorg as explica? E que outras análises temos?” Acerca das origens, pretende-se abordar o modelo de sociedade eclesial, o modelo de socialismo utópico. Das organizações, o curso aborda as mutualidades, as comunidades camponesas indígenas.
Ruptura epistemológica
“Além disso, pretende-se realizar um trabalho escrito como documento testemunhal para partilhar e divulgar através dos meios jornalísticos e especialmente nas cooperativas, e suas federações e confederações nacionais e internacionais”, diz José Bermúdez em vídeo.
Para a argentina Ana María Ramírez Zarza, professora da Universidade Nacional de Formosa (UNaF), “não é possível compreender o pensamento e a acção filosófica de José Yorg, o cooperador, fora do seu contexto histórico específico”, independentemente de concordar ou não.

Ela cita o autor Mario Schujman: “é necessário uma ruptura epistemológica na pedagogia cooperativa, uma revolução pedagógica para nos aproximarmos dos alunos, aprendermos com eles e juntos, colectivamente e solidariamente, gerarmos conhecimento.”
Cooperativismo mexicano
Recorde-se que o Cooperativismo mexicano nasceu na mesma altura dos “pioneiros de Rochdale”, e a partir da “Primeira Lei Cooperativa”, de 1927, o Estado e a Igreja alavancaram o surgimento de diversas cooperativas e caixas de aforro mútuo, nas décadas seguintes. Muitas destas cooperativas estabeleceram-se no estado mexicano de Michoacán.
No mundo lusófono, muito desse conhecimento é estruturado por autores como Paulo Freire e Leonardo Boff, entre outros estudiosos da pedagogia de expressão popular e camponesa.
Hola…
Un enorme agradecimiento a Marcelo, no tan sólo por publicar este artículo, sino que me place reconocer el magnifico TALENTO periodístico que posee y da gala de ello, convierte la lectura en un deleite literario.
Un saludo fraternal a todo Portugal
Prof. José Yorg
TECNICOOP
Formosa-Argentina