Líder da Confagri defende plano de gestão da água sem obstáculos

O presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas (Confagri), Idalino Leão, defendeu esta semana um “plano de gestão eficiente da água”, com um maior investimento em barragens e charcas e a recuperação dos regadios tradicionais.

Em entrevista à Revista Agricultura e Mar, foi além e alertou que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “não pode ser um obstáculo ao investimento e à modernização das actividades agrícolas”, lamentando os entraves do que chamou de “complicómetro”.

Em referência aos apoios do PDR 2020 para a construção de charcas (na foto), Idalino Leão afirmou que “havia sempre um problema qualquer. Mas isso foi causado pelo desmantelamento do Ministério da Agricultura. Tínhamos abertos os Avisos para o apoio à construção de charcas, mas depois existiam sempre discordâncias entre ministérios”. 

Leão identifica sinais que está a ser tornada pública uma maior ligação e uma maior proximidade entre o Ministério da Agricultura e o do Ambiente. “Isso é bom, porque os agricultores são os primeiros interessados e os mais preocupados com as questões climáticas. Somos desde logo os primeiros ambientalistas.”

O dirigente chama a atenção para a necessidade da acautelar a existência da água em todo o território nacional: “defendemos que deve ser fomentado o investimento na construção de barragens nalgumas zonas, assim como deve ser aligeirada a burocracia no licenciamento de charcas, além de se dever também fomentar a recuperação de regadios tradicionais”.

Refira-se que as charcas ou pequenas barragens de aterro são massas de água parada ou de corrente muito reduzidas, de carácter permanente ou temporário, de tamanho superior a uma poça e inferior a um lago. São reservas de água doce e podem servir para abeberamento de animais selvagens e para o abastecimento de bebedouros para a pecuária. (Fonte: Agricultura e Mar)

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