Cimeira de Língua Portuguesa: Cooperativas centenárias mostram sua resiliência

As cooperativas centenárias portuguesas terão o seu espaço durante a Cimeira Internacional de Cooperativas de Língua Portuguesa, em Torres Vedras. São já mais de 400 inscrições (cooperativas e personalidades) ao maior evento de Cooperação e Trabalho em Rede.

No segundo dia de actividades, pelas 17h45, representantes da Cooperativa do Povo Portuense (CPP), Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Torres Vedras (CCAMTV), Cooperativa União Familiar Operária de Consumo e Produção em Ramalde, Cooperativa Operária Portalegrense e a Cooperativa de consumo Scafa, deixarão os seus depoimentos e expectativas.

Na foto em destaque vemos a visita de Paulo Jorge Teixeira da CPP (ao centro) à Operária Portalegrense (à esq. Alexandra Janeiro). Vamos conhecer algumas destas cooperativas numa série de reportagens.

Celebrações da SCAFA durante a Cimeira

No coração do centro histórico do Entroncamento (distrito de Santarém), a cooperativa SCAFA prepara-se para assinalar os seus 110 anos de actividades, e terão a oportunidade de anunciar a efeméride no âmbito da Cimeira Internacional de Cooperativas de Língua Portuguesa.

Mário Eugénio Duarte,
presidente da SCAFA Coop.

Dedicada ao ramo do consumo, a Cooperativa de Consumo dos Ferroviários e Aderentes, CRL (S.CAFA) nasceu no Entroncamento em 1913, antes mesmo do foral do concelho. Desde 1960 mantem de forma ininterrupta um supermercado e um café, voltados para os trabalhadores dos caminhos de ferro, e hoje sempre abertos à comunidade.

Após ultrapassar “o período da pandemia”, o presidente Mário Eugénio Duarte assegura que “temos sempre a preocupação de manter os funcionários, ao mesmo tempo que lutamos contra os supermercados de grande superfície”.

Portalegre retoma a sua centenária

A Cooperativa Operária Portalegrense foi fundada em Abril de 1898 por antigos trabalhadores da fábrica corticeira Robinson e desenvolveu a sua atividade sempre em prol da comunidade portalegrense, voltada para o ramo de consumo.

Após longos anos de integração na comunidade, veio o declínio. Após três décadas de interrupção, a actual presidente da direção da Cooperativa, Alexandra Janeiro, assumiu a frente da instituição centenária e a sua equipa dedicou as novas actividades para a assistência à terceira idade e a dinamização cultural.

Com projetos como Entre Tempos, Entre Natura, Entre Teclas e Ecrãns, Janeiro referiu que o trabalho da instituição é vocacionado para a comunidade, sobretudo através de parcerias locais e assenta em valores como a “ajuda, democracia, equidade e solidariedade”.

Conheça as demais cooperativas nos próximos artigos. Veja a programação completa da CICLP 2023 aqui.

About the Author

Marcelo de Andrade
Editor do Diário 560. Jornalista e Fotojornalista há 35 anos.