Em mais de 73% dos casos reportados não foi apresentada uma denúncia às autoridades e a maioria das vítimas não solicitou ajuda junto de qualquer estrutura de apoio especializado, demonstrando a dificuldade associada à exposição destes casos.
Esta é uma das conclusões do relatório anual do Observatório da Violência no Namoro em Portugal. Os dados referem-se a 2019 e revelam ainda a zona do Porto, com maior incidência de casos (51,4%) de um total de 74 denúncias.
À frente da iniciativa está a Associação Plano i, com sede em Matosinhos, que disponibiliza ainda um atendimento telefónico 24 horas no contacto 966 090 117 ou em gis@associacaoplanoi.org, destinado a vítimas de violência doméstica ou de género.
A instituição é ainda responsável pelo Centro de Respostas às Populações LGBTI (GIS), pessoas lésbicas, gays, bissexuais, trans e intersexo. O Centro GIS presta apoio psicológico, médico, jurídico, formação e ainda mantém casas de abrigo em Lisboa e no Norte.
Em parceria com instituições como a UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta e a ILGA Portugal, a mais antiga associação dedicada às questões da comunidade LGBTI, a Associação Plano i tem vindo a compilar, desde 2017, o relatório sobre a Violência no Namoro.
O relatório pode ser consultado online neste link. Sofia Jamal, uma das coordenadoras da Associação Plano i para a Igualdade e Inclusão, estará à frente de uma tertúlia em Gondomar, no próximo dia 26, acerca da temática “Violência no Namoro”, na sede da Associação Padre Maximino.