
Por Raquel Azevedo *
Já aqui falei destes trabalhadores e trabalhadoras, estafetas da Uber e da Glovo.
Um setor do mundo do trabalho que muitos reversos tem visto acontecer nestes últimos tempos. Mas sem dúvida, que a vitória alcançada a dias, dá-lhes um novo fôlego!
A Uber e a Glovo são plataformas que se instalaram em Portugal, e que tiram enormes benefícios do trabalho e da mão de obra de muitos estafetas, que trabalham incansavelmente. E que muitas vezes, vêem-se com rendimentos muito baixos. Não só porque não têm contrato, na realidade não têm direitos nenhum. A não ser o de correr, acelerar e “pelar” sem parar para conseguir ter mais e mais encomendas. E não serem penalizados pelo algoritmo.

O mundo do trabalho já teve, tem e terá muitas alterações no decorrer dos tempos. Mas, neste caso, é o que podemos chamar de retrocesso. E voltar aos tempos da escravatura, exploração, nomeadamente de imigrantes.
Estes que chegam à procura de uma vida melhor e tropeçam nestas novas formas de trabalho, que ainda muitos insistem em chamar de empreendedorismo. Mas que no final, na realidade, estão completamente desamparados, como vimos na pandemia, e noutras situações.
Mas este é o momento de todos os trabalhadores que têm lutado por melhores condições e segurança no trabalho. Obter finalmente esse reconhecimento. Mas não só, o de não permitir que este tipo de novas formas de trabalho ganhem dimensão e destruam vitórias importantes dos direitos dos trabalhadores!
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