“Uma coisa que este novo desenvolvimento de Portugal mostra é que não estamos de forma alguma sozinhos neste caminho de cooperação política, e abre caminhos de alianças estratégicas que nos fortalecem”.
José Yorg
O educador social José Yorg comentou ontem que “certas cooperativas em Portugal estão a promover iniciativas para a acção política cooperativa, devido ao avanço neoliberal e às suas influências destrutivas sobre estas nobres organizações, forçando-as a procurar respostas de organização política”.
Em conversa com Manuel Alexandre Solla, presidente da Assembleia Geral da Associação Intercultural Luso Santomense de Portugal e também administrador da CityCoop, cooperativa de serviços, “deu-nos a conhecer a iniciativa de um movimento que visa criar um Partido Cooperativo, como o exemplo inglês”, disse Yorg.
Em entrevista ao jornal argentino El Libertador, Yorg salientou que concorda com a avaliação de Solla, de que “no contexto actual, não estamos em posição de pôr este projecto em marcha em Portugal. Como alternativa, defendo a criação de uma associação política para a defesa e promoção de cooperativas, que tenham capacidade de influência política”.
Unidade de concepção
“As razões fundamentais para a fundação de um Fórum de poder político cooperativo latino-americano são as mesmas que os camaradas portugueses encontraram: a necessidade de recuperar a capacidade política do Cooperativismo para desenvolver o seu potencial de transformação humana e justa”, disse Yorg.
O educador saúda esta iniciativa política cooperativa orgânica e registou também o que Solla afirmou: “Há ainda um longo caminho a percorrer para afirmar um Cooperativismo que responda às necessidades de toda a Humanidade”.
“A consciência política cooperativa aumenta de dia para dia, abrindo caminhos de alianças estratégicas que nos fortalecem”, concluiu Yorg.
(Fonte: S Rodriguez / El Libertador)
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