Timing do regulamento anti-desflorestação europeu questionado pela Confagri

A Confederação das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola (Confagri) enviou nesta quinta-feira uma carta ao ministro da Agricultura e Pescas apelando-lhe que seja “uma voz ativa e defensora da extrema necessidade de refletir sobre o timing da implementação do Regulamento Anti-Desflorestação”, na próxima reunião de Conselho de Ministros da Agricultura da EU.

A confederação dirigiu a mensagem também à própria presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, ao alertar que o diploma, se aplicado no prazo estipulado, poderá “causar sérios prejuízos a todos os envolvidos nas cadeias de produção.”

Segundo a análise da Confagri, os atrasos da Comissão Europeia em disponibilizar orientações específicas, e mesmo em entregar uma plataforma de submissão de dados de rastreabilidade fidedigna e funcional, poderão levar a um cenário em que, até 30 de Dezembro (data estabelecida para a aplicação permanente de todas as exigências do regulamento), não seja possível alcançar uma “transição pensada, equilibrada e razoável que não cause impactos negativos na produção nacional e em toda a cadeia de valor”, como alerta Idalino Leão, presidente da Confagri.

O intuito da confederação é expor as suas preocupações relativas ao prazo e meios de execução do regulamento e garantir que as inquietações portuguesas são ouvidas ao nível nacional e europeu, pois aos olhos de Idalino Leão, “é essencial não só realizar estudos de impacto que analisem os efeitos das medidas, mas sobretudo adaptar as mesmas às realidades dos produtores e indústrias de cada estado-membro e prepará-los, com tempo e minúcia, para estas transições.”

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