O Tribunal de Primeira Instância interrogou os militares suspeitos de tortura e homicídio dos três assaltantes e de Arlécio Costa, ex-combatente do “Batalhão Búfalo”, que foi alegadamente identificado como mandante do ataque em 25 de Novembro ao Quartel do Exército em São Tomé e Príncipe.
Arlércio Costa foi detido em casa pelos militares e levado para o quartel. Os quatro detidos foram sujeitos a maus tratos que levaram à morte, já depois de o ataque ao quartel ter sido dado como “neutralizada”.
Centenas de pessoas foram para as ruas de São Tomé nesta terça-feira, dia 20, protestar contra as violações dos direitos no país, que as autoridades classificaram como tentativa de golpe de Estado.
Diversos vídeos e fotografias circularam nas redes sociais, onde via-se os homens com marcas de agressão e com as mãos amarradas atrás das costas.
Segundo o Ministério Público santomense, até a semana passada, tinham sido detidas 17 pessoas, das quais nove ficaram em prisão preventiva.
Com o argumento de que o “crime de tortura até à morte não é um crime militar”, vários partidos de oposição já haviam se posicionado junto ao Conselho Superior de Defesa para que os militares suspeitos fossem entregues às autoridades civis.
(Fonte: DW)