Numa carta assinada por quatro federações de produtores florestais, enviada esta semana ao governo, os produtores florestais demonstram a sua preocupação com a redução de 503 milhões de euros nas medidas de investimento para o sector.
Recorde-se que em Junho, na Comissão Parlamentar de Agricultura, o ministro da Agricultura e Pescas referiu que o objectivo da reprogramação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) é dar mais rendimento aos agricultores, mas admitindo que não está à espera “que todas as organizações batam palmas à reprogramação do PEPAC”.
Os representantes do sector confirmam que não é possível ficar “a bater palmas” a uma reprogramação do PEPAC que tem como objetivo a redução e a transferência do montante para medidas “de superfície”, que “não têm um carácter produtivo”.
Eles defendem que é “importante que a capacidade de investimento se mantenha no setor agrícola e florestal”, pois só assim é possível continuar a afirmar com propriedade “que estão na linha da frente da inovação, da modernização e da otimização na utilização dos recursos.”
As federações exigem que a reprogramação de 503 milhões não venha a ser feita à custa das medidas de investimento florestal, com já aconteceu no passado, e chamam à atenção para o enorme atraso que as medidas florestais do PEPAC estão a ter, uma vez que já se sabe que não vão abrir candidaturas em 2024.
Para estas, esta situação é ainda mais preocupante porque desde outubro de 2023 que não abrem candidaturas, ficando o sector florestal privado de investimentos por mais um ano. O documento vai assinado por Armando Pacheco, presidente da Fenafloresta, Pedro Gomes da Federação Baladi (Baldios), Luís Damas da FNAPF e António Louro, presidente do Fórum Florestal.