O historiador e antropólogo Adriano Vasco Rodrigues morreu esta quarta-feira 22 de Janeiro no Porto, aos 95 anos, reporta a Lusa, citando informações do deputado Nuno Gonçalves, ex-presidente de Torre de Moncorvo.
Homem de muitos títulos, era chamado carinhosamente de “reitor”, “professor”, “comendador”, mas na cidade do Porto destacou-se como um dos grandes impulsionadores do Cooperativistmo. Foi fundador da Academia José Moreira da Silva, Escola Profissional de Economia Social (EPES), e pertenceu sempre aos órgãos sociais.
Adriano Vasco Rodrigues, para além de doutor em História de Arte pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, foi director-geral do Ensino Particular e Cooperativo (1983-86) e investigador em diversas áreas, como o Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto e estudos sobre o Judaísmo.
No terreno como investigador, chegou a desenvolver estudos em Angola, nos anos de 1960-70, em prospeções e escavações arqueológicas e subaquáticas no mar de Luanda e no deserto do Namibe.
No política foi vereador no Porto, governador civil da Guarda (1982-83) e ainda deputado independente eleito pelo CDS, no círculo do Porto (1976-82).
Em 1996, recebeu a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio, sendo antes condecorado com a Medalha de Ouro pela Câmara Municipal do Porto.
Licenciado em Ciências Históricas e Filosóficas pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, deixa uma extensa bibliografia em áreas como arqueologia, história e etnografia. Adriano Vasco Rodrigues é natural da cidade da Guarda, nascido em 04 de maio de 1928, e viveu com Maria da Assunção Carqueja, natural de Torre de Moncorvo.
[Foto: Álbum de família/Redes sociais]