[Redacção Globetrotter] Mais de 15.000 pessoas se reuniram em Ostend, Bélgica, para a ManiFiesta 2024, um evento de dois dias (7 e 8 de Setembro) de activismo e solidariedade. Inspirados por discursos de activistas globais e líderes sindicais, os participantes saíram com um ímpeto renovado para buscar mobilizações em diferentes partes da Europa.
Falando no evento central da ManiFiesta, Raoul Hedebouw, presidente do Partido dos Trabalhadores da Bélgica (PVDA-PTB), deu o tom. Ele abordou as crescentes desigualdades e ataques aos direitos dos trabalhadores na Bélgica, anunciando uma resposta do partido.
Uma parte significativa do evento também foi dedicada à construção de solidariedade com a Palestina, com palestrantes como Omar Barghouti, cofundador do movimento Boicote, Desinvestimento, Sanções (BDS), e a activista da justiça climática Anuna De Wever Van Der Heyden, enfatizando a importância do apoio internacional à libertação palestiniana.
Além da Palestina, a ManiFiesta também destacou a responsabilidade que os movimentos europeus têm em relação ao Sul Global e as condições que esses países enfrentam como resultado de políticas europeias históricas e actuais.
“O Ocidente esqueceu como construir coisas”, disse Vijay Prashad, director do Instituto Tricontinental, reflectindo sobre o futuro para o qual o crescente movimento de solidariedade à Palestina pode contribuir. “Israel explode hospitais. O Sul Global os construirá”, afirmou.
Outro tópico importante na ManiFiesta foi o papel dos sindicatos no enfrentamento das crescentes desigualdades e na defesa dos direitos dos trabalhadores. O membro do Parlamento britânico Jeremy Corbyn destacou o papel vital que os sindicatos podem desempenhar na promoção da paz e do desarmamento, enquanto o presidente da United Auto Workers, Shawn Fain, compartilhou o sucesso de seu sindicato em transferir o poder para seus membros.
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