O secretário nacional de Energia Eléctrica do Ministério de Minas e Energia, Gentil Nogueira de Sá Junior, abordou o panorama actual da energia renovável no Brasil e o crescimento da geração distribuída, durante o Fórum Latino-Americano de Energia Cooperativa, em Brasília.
No emblemático Palácio do Itamaraty, o governante explicou que “o número de empreendimentos de geração distribuída está em rápido crescimento, e em breve alcançaremos a marca de 40 GW de potência instalada, o que equivalerá à capacidade energética de Portugal”.
A intervenção inseriu-se durante o painel “Marco Legal para Iniciativas cooperativas na América Latina“, moderado por Thayná Côrtes, analista técnica-institucional do Sistema OCB.
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Por sua vez, Lívia Raggi, representante da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), detalhou as motivações para a regulamentação da geração distribuída no Brasil e citou a importância da Resolução Normativa 482/12, que permitiu ao consumidor gerar sua própria energia, a exemplo do que decorre no mercado europeu.
Ela enfatizou a contribuição do Sistema OCB no processo de regulamentação da micro e mini geração distribuída, especialmente no que se refere à geração compartilhada por meio de cooperativas. “Ao viabilizar a geração própria de energia, o acesso a fontes renováveis é democratizado e também promove a autonomia energética de milhares de famílias, especialmente as de baixos rendimentos”.
O painel contou ainda com as participações de Juan Humberto Cerdio Várquez, do Instituto Nacional de la Economia Social (INAES) da Argentina; Walter Julián Ángel Jiménez, da Comisión Reguladora de Energía do México; María José Álvarez Fonseca, da Secretaria de Energia de Honduras; Simón García Orrego, do Ministério de Minas e Energia da Colômbia; e Danilo Jara Aguilera, da Asociación Chilena de Energía Solar (Acesol).