Manif Casas para Viver concentra no dia 1 milhares de pessoas por uma habitação digna

É já neste sábado 1 de Abril que centenas de pessoas, associações e outras colectividades ocupam as ruas por uma habitação digna para todos. No Porto, a concentração decorre na Praça da Batalha, pelas 15 horas.

Em Lisboa, a “manif” tem lugar na Alameda, em Aveiro na Praça Joaquim Melo Freitas e na Praça Melo Freitas, em Coimbra na Praça 8 de Maio, Braga no Coreto da Avenida Central, em Viseu na Praça da República e ainda em Ponta Delgada.

No âmbito do Dia Europeu pela Habitação, são convocadas pela European Action Coalition pelo direito à habitação e à cidade (EAC), acções e mobilizações de base em todas as cidades da Europa.

Em Portugal, a Habitação Hoje, em conjunto com uma rede de colectivos que também lutam por habitação digna e pelo direito à cidade, tem mobilizado dezenas de pessoas para essa grande manifestação.

Recorde-se que o direito à habitação está sedimentado na Constituição da República Portuguesa.

Estatísticas

Os dados apontam que as rendas em Portugal aumentaram 40% nos últimos cinco anos. Os preços das casas subiram 19% desde o ano passado.

“Temos no país 723 mil alojamentos vazios e cada vez mais pessoas em situação de sem abrigo, cada vez mais pessoas a terem de se sujeitar a dupla ou tripla jornada de trabalho para pagar a renda, ou a ter de voltar com os filhos para as casas sobrelotadas dos pais”, afirma a Habitação Hoje em seu manifesto.

A organização constata que “não temos onde viver condignamente, venderam as nossas cidades à especulação imobiliária”, e acrescenta que “a habitação pública é insuficiente, as listas de espera são cada vez mais longas, e os critérios para aceder são cada vez mais apertados.”

Confira a lista de colectividades que subscrevem o manifesto:

A Comunidade – para o Desenvolvimento Humano; Habita!; AE Faculdade de Belas Artes da UP; A Soalheira; A Traça; Amplos; Anémona; Associação de Moradores do Bairro S. Vicente de Paulo; Blergh; CaDiv; Centro Português de Estudos Humanistas Cicloficina; Coletivo Afreketê; Climáximo; Comboio Suburbano; CSA A Gralha; Estudantes pela Habitação; Feminismos Sobre Rodas; Fórum Porto com Norte; Frente Ampla 25 de Abril; Greve Climática Estudantil; Iniciativa dos Comuns; Jornal Mapa; Laboratório de Teatro e Política; Marcha do Orgulho LGBTQI+; Mobilizar Ciências; Núcleo Anti-fascista do Porto; Observatório dos Direitos Humanos; Parar o gás; Porta a Porta; Porto Inclusive; Rede de Apoio Mútuo; Rede 8 de Março – Porto; Saber Compreender; Os mesmos de sempre a pagar – Porto; Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Solidariedade e Segurança Social; SOS Racismo UMAR; União Libertária.

About the Author

Marcelo de Andrade
Editor do Diário 560. Jornalista e Fotojornalista há 35 anos.