Cerca de trezentas pessoas participaram no Porto numa concentração “contra o fascismo”, na tarde deste domingo. O motivo foi a ameaça por grupo de extrema-direita contra parlamentares e ativistas antifascistas e antirracistas esta semana.
A Frente Unitária Antifascista esteve à frente das manifestações, que decorreram também em Lisboa, no Largo Luís de Camões, onde mais centenas de manifestantes entoaram palavras contra o fascismo e o discurso de ódio.
O Diário 560 acompanhou a manifestação no Porto.

O coordenador do núcleo de Guimarães da Frente Unitária Antifascista (FUA), Luís Lisboa, foi um dos ativistas a formalizar queixa-crime pelas ameaças pessoais e à familiares, e disse encontrar-se já sob proteção policial.
“25 de Abril sempre, fascismo nunca mais”
Lisboa defendeu que este tipo de ameaças devem ser combatidas com “solidariedade e com o levantamento popular. Isto não é um ataque a dez pessoas, é um ataque a todo o país”, afirmou.
“O movimento antifascista é como um policiamento da democracia”, concluiu Luís Lisboa, que participou da manifestação ao lado de outras instituições da FUA e mais centenas de jovens. Muito vieram de Braga ou mesmo do estrangeiro.
“Fascistas! Chegou a vossa hora.
Os imigrantes ficam e vocês vão embora!”

Os jovens entoaram ainda “Grândola, Vila Morena”, de punhos em riste, com algumas limitações na letra do “hino” da Revolução do 25 de Abril, mas com muito sentimento.
“Quem dorme em Democracia acorda em ditadura”, disse em declarações aos jornalistas Gil Garcia, representante do Movimento Alternativa Socialista (MAS), integrante da FUA.