Por Paulo Jorge Teixeira
A Cimeira de Novembro no Porto

Está a aproximar-se a data (14 a 18 de novembro) em que pela primeira vez se irá fazer uma tentativa de sentar a falar, partilhar e comunicar cooperativas de língua portuguesa.
Nos dias de hoje, sentar e falar, ouvindo e aprendendo, vai sendo difícil até pelos sound bytes, que diariamente nos empurram no caminho do individualismo e da satisfação unipessoal.
As Cooperativas são foco de resistência e resiliência, de um mundo que se quer diferente, e que todos os dias lutam para o ser.
Pensadas como a fase seguinte da organização humana e social, superando a rigidez das empresas e sobretudo a dicotomia patrão/empregado da sociedade fiduciária, as cooperativas lutam todos os dias pela independência dos seus membros, e que todos a ser, que sejam senhores do seu destino.

Com lugar no Porto nos dois primeiros dias na velhinha sala do teatro da Cooperativa do Povo Portuense, teremos um congresso em que já estão confirmados 100 participantes oriundos de Portugal, Brasil, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Timor Leste. Contaremos também com a presença de uma delegação do Senegal.
Temas como a saúde, o crédito, e as novas oportunidades existentes cá e lá ocuparão os participantes. Os dias seguintes serão destinados a vistas técnicas a cooperativas do Norte de Portugal e a reuniões de negócios das fileiras e ramos presentes.
Julgamos ser um passo decisivo e determinante para a tomada de consciência das diferentes realidades e de se encontrarem formas de cooperação transnacional produzindo maior riqueza e satisfação.
Acreditamos que o futuro é cooperativo.