A Copa-Cogeca emitiu uma carta-aberta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e aos 27 estados-membros. Idalino Leão assinou o documento, enquanto presidente da Confagri e na vice-presidência da Cogeca, conjuntamente com os outros membros da organização, em defesa dos agricultores europeus.
A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola (Confagri) subscreve assim este “manifesto”, alertando que os agricultores são os primeiros a sentir as consequências ambientais que se têm vivido, bem como os primeiros a assumir o seu papel enquanto redutores das emissões de carbono e da conservação da biodiversidade e do mundo rural.
A Confagri, e a organização europeia de defesa dos interesses dos agricultores Copa-Cogeca, defendem que não podem ser os agricultores os “culpados e lesados das circunstâncias climáticas que enfrentamos como um todo: no final de contas, são os agricultores que asseguram a segurança alimentar de 450 milhões de consumidores europeus”, segundo nota divulgada recentemente.
Alta pressão no Parlamento Europeu
A Copa-Cogeca ainda intervem, durante esta semana, no Parlamento Europeu em Estrasburgo, onde está a ser votada a Lei de Restauração da Natureza (NRL). Muitas disposições foram consideradas irrealistas e não orçamentadas no diploma, durante as sessões do parlamento.
No total, a carta-aberta dos agricultores apresenta sete problemas e medidas de solução, bem como quatro reivindicações “imperativas” para o mandato 2024-2029 da Comissão Europeia:
- Um comissário para a Agricultura e as zonas rurais com um papel de destaque, como
vice-presidente da Comissão Europeia; - Um orçamento que reflicta concretamente os muitos desafios que os agricultores enfrentam;
- Uma agenda política comercial coerente com a ambição estabelecida no mercado interno;
- Estudos viáveis para apoiar quaisquer novas propostas relacionadas ao sector agrícola.
Idalino Leão, que esteve em Bruxelas para assinar este documento, acredita que “esta Carta irá marcar uma viragem na visão que as instituições em Bruxelas têm do sector agroalimentar”, e acrescenta que “este é o pontapé de saída para o reconhecimento da importância vital da agricultura no crescimento futuro da Europa”. (Fonte: Copa-Cogeca e Confagri)