A união dos dois grandes grupos europeus de agricultores e cooperativas agrícolas, Copa-Cogeca, emitiu uma nota a se afirmar apreensiva com o discurso de Ursula von der Leyen, em seu renovado mandato, nesta quinta-feira, perante os parlamentares recentemente reunidos em Estrasburgo.
O grupo de pressão política mantem o seu enfoque particular nas questões agrícolas, tal como no último discurso sobre o Estado da União em 2023. Na nota, assinada por Christiane Lambert (na foto), presidente da COPA e Lennart Nilsson, à frente da COGECA, o grupo afirma que os agricultores e as cooperativas europeias procuram garantias sobre os compromissos assumidos durante a campanha eleitoral, nomeadamente no que diz respeito à dimensão do orçamento da UE para a agricultura.
As lideranças agrícolas temem “que os agricultores façam mais, deixando-os incertos sobre o financiamento para os nossos objectivos comunitários.” Exigem de von der Leyen “mais coerência política”.
A este respeito, defendem que qualquer esforço para avançar o acordo UE-Mercosul na fase inicial do mandato enviaria um “mau sinal político”, e no que diz respeito à Ucrânia, “embora devamos apoiar o seu esforço de guerra, os agricultores da UE não devem ser deixados a suportar parte do fardo da liberalização comercial ou do potencial alargamento.”
A Copa-Cogeca considera “altamente complexa e impraticável” a regulamentação da desflorestação. O documento considera ainda essencial que seja dada “uma nova atenção às cooperativas agrícolas, que são intervenientes-chave nas nossas transições e que até agora têm sido ignoradas na maioria dos debates e nos guiões dos grupos políticos.”
Recorde-se que Idalino Leão, presidente da Confagri, assume uma das vice-presidências da Copa-Cogeca.
(Veja o texto completo original aqui. Fonte: Copa-Cogeca.)