Confagri pressiona ministério contra doença da pera rocha

A Confederação das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola (Confagri), em defesa da produção da pera “rocha” – que nos últimos anos perdeu metade da sua produção -, solicitou ao governo esta semana o reconhecimento da doença do fogo bacteriano como “catástrofe natural”.

Com isso a entidade representativa pretende a abertura, com carácter de urgência, de candidaturas à Operação 6.2.2 (Restabelecimento do Potencial Produtivo), para os produtores com pomares afetados pela doença, assim como a abertura de um aviso dedicado à plantação e modernização de pomares de pera rocha, no âmbito da Operação C.2.1.1 (Investimento Produtivo Agrícola – Modernização).

Nos últimos anos, a doença do fogo bacteriano, provocada sobretudo pela bactéria Erwinia amylovora, já conduziu ao desaparecimento de perto de um milhar de hectares de pomares de pera “Rocha”, causando elevados prejuízos aos fruticultores e à economia das regiões afetadas, nesta variedade com denominação de origem protegida (DOP) que é única no Mundo.

Face à inexistência de tratamentos eficazes, a remoção e destruição por queima têm sido os procedimentos adotados para reduzir a propagação da doença. A acção é efectuada nas partes das plantas com sintomas, com corte efetuado a pelo menos 50 cm abaixo das zonas afetadas.

Em nota, a Confagri considera “imprescindível o restabelecimento do potencial produtivo do pomar de Pêra «Rocha», não só através do apoio a replantações com árvores certificadas e isentas da doença, mas também da realização de intervenções sanitárias para remoção das partes infetadas.” (Foto: Coopval)

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Da Redacção
Conteúdos apurados pela Redacção do Diário 560, com auxílio de colaboradores e agências.