Abertura da 3ªCICLP evidencia tecnologia, internacionalização e mais força política

A 3.ª Cimeira Internacional das Cooperativas de Língua Portuguesa arrancou nessa segunda-feira, na capital brasileira, e com entusiasmo marcou a importância do Cooperativismo entre os países lusófonos, promovendo debates sobre internacionalização, educação e novas tecnologias, mas também identificar dificuldades e oportunidades de negócios.

O tom da abertura pôs em evidência a discussão sobre uma maior representatividade política das cooperativas. Durante a intervenção do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, ficou claro que, no Brasil, a acção de uma frente política no parlamento não chega para assegurar as demandas do cooperativismo. Neste mesmo painel falou Eduardo Graça, ainda na presidência da OCPLP.

As discussões ampliaram-se ao universo lusófono, e identificou-se a necessidade de partilhar legislação e experiências entre as cooperativas dos nove países. Até quarta-feira, depois das duas primeiras edições terem sido realizadas em Portugal, esta edição levou cerca de 30 cooperativas lusas, participando ainda representantes de quase todos os países de língua portuguesa, 10 estados brasileiros e o anfitrião Distrito Federal.

O ramo cooperativo Agrícola está sempre em evidência no Brasil, e o debate trouxe à luz dados comuns. A percentagem de técnicos agrícolas nas cooperativas é significativa, com 70% de envolvimento a incorporar novas tecnologias no campo, número muito superior à média nacional (cerca de 20%), assinala Tânia Zanella, superintendente da OCB [na foto].

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A internacionalização do movimento cooperativo é já uma realidade, especialmente no sector do agronegócio, recordou Tiago Brandão Rodrigues, ex-ministro da Educação. O antigo governante português discutiu a importância da promoção e a união através da língua comum, durante o painél sobre “Logística e investimento para acesso ao mercado europeu”.

O presidente da Aliança Cooperativa Internacional (ACI Américas), José Alves, veio trazer prestígio institucional na abertura do evento e falou ainda no painel sobre formação profissional e académica, juntamente com Fábio Gastal, da Faculdade Unimed (Brasil) e Tiago Nuno Oliveira Silva, da Maiêutica Cooperativa de Ensino Superior (U.Maia e Politécnico da Maia).

A participação de representantes de Portugal e dos países africanos de língua portuguesa simboliza um grande achievement e um sonho realizado, evidenciou Paulo Jorge Teixeira, pelo Instituto Antero de Quental.

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