Os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições da Guiné-Bissau (CNE) apontam a coligação PAI–Terra Ranka como vencedora das eleições legislativas de 4 de Junho. Esta formação liderada por Domingos Simões Pereira alcançou mesmo a maioria absoluta, com 54 deputados.
Mais de 900 mil guineenses, em território nacional e na diáspora, foram chamados às urnas para escolherem os deputados da Assembleia Nacional Popular e o novo governo do país. Duas coligações e 20 partidos políticos participaram nestas sétimas eleições legislativas.
O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, numa mensagem à Nação, no Palácio da Presidência, voltou atrás e afirma agora que irá cumprir com a democracia. Durante a campanha eleitoral, Sissoco Embaló disse que não iria nomear Domingos Simões Pereira para o cargo de primeiro-ministro.
”A Plataforma PAI Terra Ranka sabe e está em condições de assegurar à população guineense, aos militantes e simpatizantes dos partidos que integram a coligação e aos profissionais da comunicação social que conquistou uma maioria absoluta”, anunciou Domingos Simões Pereira, durante uma conferência de imprensa realizada esta semana na sede nacional do PAIGC, em Bissau.
Convivência política difícil
Analistas prevêem um cenário difícil de coabitação entre o Presidente, o novo Parlamento e o governo saídos das urnas. “Ninguém quer ser primeiro-ministro de Sissoco Embaló”, comentou ao DW África Tamilton Teixeira.
O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que integra a coligação PAI Terra Ranka, exortou ainda as comissões de observadores internacionais “que vieram ao país para cuidarem deste processo com isenção e transparência”.
A CNE havia assegurado que todos os partidos políticos e coligações estão na posse dos dados eleitorais, porque as actas sínteses foram afixadas em todas as mesas de assembleia de voto depois do fim da votação. (Fonte: CNE Guiné Bissau, PAI-Terra Ranka e DW)
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