A Confagri está “indignada com as modestas” medidas de mitigação do aumento dos preços dos combustíveis que o Governo apresentou esta sexta-feira para os meses de Julho e Agosto.
Idalino Leão, presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e de Crédito Agrícola (Confagri), afirma que “esta é a hora de se saldar a dívida de gratidão para com os agricultores”, como havia afirmado o primeiro-ministro num evento agrícola.
Aqueles agricultores que, durante o confinamento, nunca ficaram em casa, mantendo activa e eficiente toda a cadeia agroalimentar (campo, indústria e distribuição), para que nada faltasse à mesa dos portugueses.
“Estes sucessivos aumentos em cadeia estão numa espiral inflacionistas sem fim à vista e com estas medidas paliativas, (aumento do desconto no ISP de 3,4 cêntimos para 6 cêntimos por litro no gasóleo agrícola). Não vamos conseguir assegurar a manutenção da atividade agrícola”, afirma a Confagri em nota.
Prossegue o comunicado: “Não vamos conseguir manter ou aumentar, como é esperado, a capacidade produtiva do sector, o que agravará a nossa situação de dependência externa para valores incomportáveis. Qualquer medida que seja tomada para reduzir os custos fixos associados à energia terão de ter em conta o mercado ibérico”, numa alusão à “desvantagem competitiva dos nossos agricultores face aos seus congéneres espanhóis.”
Os custos da energia, adubos, pesticidas, mão-de-obra e outros fatores de produção estão a esgotar a tesouraria dos agricultores e das suas organizações, o que poderá levar ao abandono da atividade agrícola.
(Fonte: Confagri)