A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola (Confagri) emitiu recentemente uma nota, na qual o seu presidente, Idalino Leão, fala sobre os motivos que podem beneficiar os produtores agrícolas.
A primeira razão para a inflação no sector agroalimentar é que que os preços subiram porque tinham de subir, pois todos os fatores de produção subiram (rações, fertilizantes, semente, pesticidas, eletricidade e combustíveis) e, ainda assim, o rendimento dos agricultores sofreu uma queda em 12%.
A Confagri sempre defendeu a isenção do IVA para os bens alimentares para minimizar os impactos desta inflação, mas também defende, como prioritário, fomentar a produção de modo a assumir, de uma vez por todas, o setor agroalimentar como desígnio nacional.
Para tal, a confederação propõe um reforço das medidas à produção porque, tal como aconteceu com a Reserva de Crise e com a Medida Excecional de Crise Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), “tempos excepcionais exigem medidas Excepcionais”, considera Idalino Leão.
A Confagri continua a defender que os custos fixos associados à energia (eletricidade e gasóleo) sejam equiparados no mercado ibérico, caso contrário ficamos sempre em desvantagem.
Na óptica do dirigente, torna-se urgente que os estrangulamentos operacionais verificados na aplicação do Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) sejam resolvidos, de modo a que os agricultores possam submeter, atempadamente, as suas candidaturas.
Ainda no âmbito do PEPAC, outra das medidas que a Confagri defende é a suspensão de algumas das regras da Condicionalidade. “Para que os agricultores possam semear toda a sua área disponível, consideramos quase imoral que um país com o nosso deficit deixe de cultivar milhares de hectares”, conclui Idalino Leão.
Estas medidas, no entanto, beneficiam os produtores agrícolas. Tem vindo a ser observado, nas últimas semanas, que há pouco impacto para o consumidor final.
