Por Paulo Jorge Teixeira
Hoje, nos nossos dias em que se questiona tudo o que nos rodeia, e o que se nos diz, em que buscamos permanentemente a visão que o outro esta errado, afirmar a procurar valores comuns, revela-se um trabalho hercúleo e sobretudo difícil de obter consensos necessários à vida em sociedade.
Quando temos a escola a querer educar em vez de ensinar, quando temos grupos minoritários a querer impor uma agenda oculta e sem ligação ao sentir comum de todos, temos de nos procurar situar, e ver com buscar, e recolocar esse matiz fundamental e comum, que nos permite viver como habitualmente vivemos, em paz, no respeito do outro e das suas ideias, e em liberdade.
As bases existem e estão ao nosso dispor. Nunca como hoje dispomos de consciência de que somos, e de como devemos agir para afirmar a nossa cidadania e o nosso bem-estar.
A sociedade moderna, presa de interesses e valores ao serviço de poucos, e sem respeito pelo pulsar de vidas livres e autónomas tenta cada vez mais cortar essas aspirações e essas liberdades.
Faz isso de modo simples, e todos os dias, por isso afirmar: a resistência cabe às forças vivas da sociedade (sindicatos, associações, cooperativas e outros agentes do pulsar livre e coletivo) mas sobretudo a cada um de nós.
Fazemos isso ao afirmar direitos que a Carta das
Nações Unidas criou para a década de 20/30.
Os 17 ODS são uma Magna Carta de direitos e de deveres a acautelar e a pugnar por resolver, por todo e cada um de nós.
Fazemos isso ao lutar por salários dignos e por uma sociedade empresarial não hegemónica e sufocante.
Fazemos isso trabalhando para dar uma Educação que nos permita crescer na nossa diversidade e pluralidade rejeitando os igualitarismos de má memória.
Fazemos isso dia a dia construindo soluções que nos tragam comunidades equilibradas, e em que o sentir do coletivo seja reforçado e lembrado.
Porque parte de nós e do que somos e queremos deixar aos outros fazer essa demanda.
Ver a sociedade com olhos de ver é nos dado pela nossa afirmação como indivíduos atentos, participativos e com a responsabilidade social que impacte na sociedade.
Somos tão mais fortes quanto mais plurais formos, quanto mais ao serviço quisermos estar.
Ver significa por fim estar disposto a assumir a nossa responsabilidade individual para que se torne o lugar em que vivemos um espaço de liberdade
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