Um estudo que foi divulgado nesta segunda-feira, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, revela que metade das pessoas pobres no mundo ainda não têm acesso à electricidade e combustível limpo para cozinhar.
A maioria vive na África Subsaariana e no sul da Ásia. O documento ressalta, no entanto, resultados positivos em Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Em Portugal, no entanto, sem os apoios sociais, 4,4 milhões são pobres ou têm rendimentos abaixo do limiar da pobreza (554 euros/mês), o que eleva para 1,9 milhões, após as transferências sociais, segundo dados da Pordata.
O Índice Multidimensional de Pobreza (MPI, na sigla em inglês), conclui que é possível reduzir a pobreza em escala e revela novos “perfis de pobreza” que podem oferecer um avanço nos esforços de desenvolvimento para enfrentá-la.
A análise é do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da Iniciativa “Pobreza e Desenvolvimento Humano”, da Universidade de Oxford.
Mesmo antes da pandemia de Covid-19 e da atual crise de custo de vida, os dados mostravam que 1,2 mil milhões de pessoas, em 111 países em desenvolvimento, viviam em “pobreza multidimensional aguda”. Isso significa sobreviver com menos de 1,93 euros por dia.
Países de língua portuguesa
Entre os 20 países que reduziram o valor do MPI mais rapidamente, estão três nações de língua portuguesa: Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
As três também figuram entre 26 que experimentam um aumento significativo na redução das carências em todos os indicadores, ou seja, a percentagem de pessoas que eram pobres e desfavorecidas diminuiu em cada indicador.
Moçambique, por outro lado, é o único país de língua portuguesa na lista dos 40 países que não registou nenhuma redução significativa na pobreza entre as crianças e ainda está entre os 15 da África Subsaariana que tiveram um aumento no número de pessoas pobres. No entanto, houve uma diminuição da incidência da pobreza, mostrando que o crescimento populacional ultrapassou a redução da pobreza.
Exemplos de combate à pobreza
O relatório apresenta histórias de sucesso em todo mundo, através do uso de estratégias integradas de redução da pobreza, como o investimento do Nepal em saneamento, que melhorou o acesso à água potável, nutrição infantil e mortalidade infantil por meio da redução da diarreia.
Na Índia, onde cerca de 415 milhões de pessoas deixaram a pobreza multidimensional em um período de 15 anos, trata-se de uma mudança histórica.
Leia o artigo na íntegra aqui. (Fonte e foto: ONU News)
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