Povo Portuense Coop abre espaço para organização Habitação Hoje aprofundar formas de luta

O Auditório da Cooperativa do Povo Portuense foi palco para mais de 50 interessados em avançar com as actividades da organização cívica Habitação Hoje, no passado dia 22 de Abril.

Depois da grande manifestação pelo direito constitucional à habitação, na alvorada de Abril, no Porto e nas principais cidades um pouco por todo o país, a Habitação Hoje consultou a opinião pública sobre formas de reforçar os núcleos locais de intervenção e novas formas de acção.

Foi destacada a iniciativa espontânea de diversos núcleos em Campanhã, freguesia mais empobrecida e que regista maior incidência de situações limite de habitabilidade. Estes núcleos ajudaram a dar forma à manisfestação de 1 de Abril.

Este movimento, também europeu, de luta de colectivos pelo Direito à Habitação agendou um grande Encontro Transnacional na cidade de Cluj, na Roménia, de 27 de Abril a 2 de Maio. De Portugal, darão o seu testemunho e partilha de experiências as organizações Habita! (Lisboa) e Habitação Hoje (Porto).

Esta intervenção está prevista durante um debate, no dia 28, subordinado ao tema “Perdidos na regeneração urbana: como nos organizamos contra a gentrificação nas cidades europeias?”, com tradução simultânea e transmissão em directo nas redes sociais Youtube e Facebook.

O que o Estado português tem feito?

Portugal identificou, com dados actualizados dos municípios aderentes às estratégias locais de habitação (EHL) 67 mil famílias que vivem em situações indignas de habitação. Uma solução imediata anunciada pela ministra da Habitação, Marina Gonçalves, foi lançar um sorteio de 27 casas, por todo o país, com renda acessível.

Trata-se da versão final do programa Mais Habitação, aprovado recentemente em Conselho de Ministros, pacote legislativo através do qual o governo pretende dar resposta à actual crise habitacional.

Para as organizações cívicas pelo direito à Habitação, a própria existência do modelo de “renda acessível” não foge ao pensamento “neoliberal” do mercado, porque limita-se a aplicar uma redução de 20% no valor das rendas, no entanto controladas numa lógica de aumento de preços sem qualquer regulamentação.

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Marcelo de Andrade
Editor do Diário 560. Jornalista e Fotojornalista há 35 anos.

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