Mulheres são as que mais sofrem com secas, tempestades ou outros eventos climáticos extremos

O Movimento “Mulheres pelo Clima”, lançado com um Manifesto em Setembro de 2022, reconhece que as mulheres e as meninas são um dos grupos mais afetados pelas alterações climáticas e que estão na linha da frente dos seus impactos.

O colectivo tem como missão promover o papel das mulheres dos países de Língua Portuguesa como agentes activos das comunidades e empresas na proteção dos oceanos, na ação climática e luta contra a discriminação de género.

Durante a COP27, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, anunciou em seu discurso que o mundo ruma para o “inferno climático” e o “suicídio coletivo”.

Em um artigo de opinião à revista VER, crítico à cimeira climática que decorre no Egito, Maria João Ramos questiona acerca do pronunciamento do nosso PM António Costa: “o que interessa falarmos em cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com uma guerra aqui à porta que começa a ficar esquecida nos media mas lembrada sempre que vamos ao supermercado ou pagamos a renda da casa?”

Segundo a autora, não é só em África que “normas e leis sociais explícitas e implícitas impuseram poderes, papéis e responsabilidades diferenciados a homens e mulheres em todos os aspetos da vida. As meninas e as mulheres têm uma responsabilidade desigual em garantir alimentos, água, energia e outros recursos vitais, bem como em cuidar dos jovens e dos idosos”.

Para defender a criação do movimento, Maria João Ramos esclarece que o manifesto envolve a ação nos diversos ODS, que se interligam e são muito transversais. Entre os ODS mais diretamente associados aos objetivos do movimento, estão o ODS 5: Igualdade de Género e o ODS 13 Ação Climática, mas também o ODS 4: Educação de Qualidade, o ODS 6: Água Potável e Saneamento, o ODS 7: Energias Renováveis e Acessíveis, ODS 11: Cidades e Comunidades Sustentáveis, ODS 12: Produção e Consumo Sustentáveis, o ODS 14: Proteger a Vida Marinha e o ODS 17: Parcerias para a implementação dos Objetivos.

Concretamente acerca da COP27, a Consultora de Estratégia e Comunicação para o Desenvolvimento Sustentável defende que, para além de todos os temas em “cima da Agenda”, é preciso cada vez mais “promover a participação activa das mulheres nos momentos relevantes da política e diplomacia climática a nível internacional, nomeadamente nas Conferências das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, para a Biodiversidade ou para a Água”.

Maria João Ramos acrescenta que é necessário incentivar os países, as cidades, e as organizações a contribuírem para “um maior envolvimento das mulheres na tomada de decisões para enfrentar a crise climática e para identificar e implementar as ações necessárias aos processos de adaptação e de construção de um futuro neutro em carbono”. Leia o artigo na íntegra aqui.

(Fonte: Revista VER)

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Marcelo de Andrade
Editor do Diário 560. Jornalista e Fotojornalista há 35 anos.

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