A resistência antifascista na ditadura esteve em debate esta semana na Cooperativa de Intervenção Social CooLabora, com a participação de duas mulheres que lutaram pela liberdade.
Aurora Rodrigues é procuradora da República jubilada e foi uma lutadora pelo fim da guerra colonial. Ela contou como foi presa pela PIDE aos 21 anos e levada para Caxias, onde sofreu longos períodos de tortura. Aurora Rodrigues já participou noutras iniciativas da CooLabora, no âmbito do combate à violência doméstica.
Já Isabel do Carmo, médica endocrinologista, por sua vez, falou sobre como envolveu-se activamente nas lutas académicas desde 1962 e esteve ligada à criação das Brigadas Revolucionárias. Esteve presa durante quatro anos, com o filho mais novo. Isabel do Carmo também já participou num outro debate da CooLabora sobre o papel das mulheres na construção da liberdade.
O debate foi moderado pelo filósofo André Barata, na sede da Coolabora em Covilhã. No mesmo espaço, decorre até 8 de Maio a exposição de fotografia “Olha(res) Real(ais) e com Sentido”, que aborda a pobreza a partir da perspectiva dos cidadãos e cidadãs.
A exposição foi organizada pela EAPN Portugal e apresenta “mais do que imagens estereotipadas de pobreza, [… mas] retratos de vivências na primeira pessoa, de estados de alma e de cenários de extrema indignidade humana”.
