Espanha: Economia Social tem maior presença nas zonas rurais e cidades intermédias

O relatório “A Análise do Impacto Socioeconómico dos Valores e Princípios da Economia Social em Espanha, apresentado esta semana pela Confederação Empresarial Espanhola de Economia Social (CEPES), confirma a maior presença da Economia Social nas zonas rurais e cidades intermédias, e com maior resiliência contra a extinção de empregos.

O estudo identifica que a Economia Social em Espanha localiza-se maioritariamente em municípios com menos de 40 mil habitantes, dá suporte a 2,5 milhões de empregos, com um volume de negócios que corresponde a 10% do PIB do país, dentre um universo de 43.000 empresas. (Na foto, a nova Secretária de Estado do Emprego e da Economia Social, Amparo Merino, e o presidente da CEPES Juan Antonio Pedreño)

O relatório conclui ainda que se a Economia Social de mercado se comportasse como a economia mercantil na sua política de contratação, perder-se-iam 181.000 empregos, ocupados por grupos com dificuldades de empregabilidade. De facto, 43,5% das empresas mais jovens da Economia Social de Mercado estão localizadas em zonas rurais ou cidades intermédias (35,8% no total da economia sem o sector público).

Esta terceira edição do estudo propõe a resposta a três questões: As empresas da Economia Social apresentam comportamentos diferentes das empresas comerciais? Se sim, como essas diferenças afectam a sociedade? E por último, como medir estes efeitos em unidades monetárias?

Para encontrar as respostas, foram identificadas 10.291 entidades da Economia Social (4.751 na Economia Social de Mercado) e 33.409 pessoas empregadas (15.814 na Economia Social de Mercado), a partir dos dados do documento oficial Amostra Contínua de Vidas Activas e comparadas com um grupo de controlo de empresas e empregos comerciais em proporção semelhante.

Em relação ao valor monetário da contribuição dos princípios da Economia Social de mercado, o estudo revela que os valores das empresas e entidades da Economia Social contribuem anualmente com 11.026 milhões de euros para a sociedade, quase mais cinco mil milhões do que no ano de 2019.

Este relatório foi cofinanciado pela CEPES, Ministério do Trabalho e Economia Social e Grupo Cooperativo Cajamar e foi realizado pela Abay Analistas a partir de fontes oficiais.

O presidente da CEPES, Juan Antonio Pedreño, destacou durante o lançamento a riqueza que este modelo de negócio traz para a sociedade espanhola: “Este estudo demonstra o grande peso da Economia Social, tanto do ponto de vista económico, pelo seu impacto no emprego, e do ponto de vista social, pelo seu contributo para a coesão social e territorial, sendo muitas vezes o único actor empresarial existente.”

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Conteúdos apurados pela Redacção do Diário 560, com auxílio de colaboradores e agências.