Na madrugada de 24 de Abril, o MFA iniciou um processo de sublevação militar que permitiu o regresso à liberdade republicana. Tiveram papel importante um conjunto de oficiais, com destaque para o Major Otelo Saraiva de Carvalho e o Capitão Salgueiro Maia.
Um pouco por todo o país as movimentações militares foram acompanhadas por movimentos populares espontâneos, que permitiram aprofundar as liberdades. Entre 25 de Abril de 1974 e o aproximar dos anos 80, foram muitas as conquistas que os movimentos populares, associativos, cooperativas e operários transformaram em novas realidades.
O reflexo que se seguiu impediu que estas experiências colectivas e populares não vingassem e integrassem o patrimônio democrático. O poder popular foi substituido de forma negativa pela chamada democracia representativa. Portugal ficou mais pobre.
Este estado de coisas tem permitido o aflorar de movimentos que desejam o regresso a um passado de novas “democracias”, que devemos rejeitar. Como jornal especializado em Economia Social, só nos podemos comprometer com o aprofundamento da democracia participativa.