Editorial: movimento cooperativo pode ficar fora das decisões políticas

A sondagem da Universidade Católica publicada hoje no jornal “Público” aponta para uma maioria PS na Assembleia da República – 37% (99 a 110 deputados). Até aqui nada de novo.

A novidade é o crescimento do PSD – 33% (89 a 100 deputados) e a aparente existência de novos grupos parlamentares à direita, Chega e Iniciativa Liberal; e à esquerda, Bloco de Esquerda e CDU (PCP e PEV), que dividem entre si em partes iguais, cerca de 20% do eleitorado.

Os debates na TV e as declarações de circunstância um pouco por todo o país não têm denunciado o que é que todos estes partidos pensam e desejam executar em termos de políticas para o chamado terceiro sector, a Economia Social.

Mais uma vez, o movimento cooperativo e associativo português vai ficar afastado dos centros de decisão por não terem voz própria.

Para quando um Bloco-Frente Parlamentar que represente de forma digna e genuína a Economia Social? Uma parte da resposta pode estar nas abstenções. A outra está dentro de nós.