Economia Social: a rapidez com que as organizações se adaptaram às novas realidades pandémicas

Por Tiago Martins Pombeiro Veloso *

Quando a direção do Diário 560 me propôs escrever sobre Economia Social, fiquei um pouco relutante… não sou, por assim dizer, um virtuoso da palavra escrita. Mas como qualquer ator deste setor aceitei mais um desafio, escrever sobre Economia Social!

Antes de começar uma declaração de interesses:

  • não sou filiado em nenhum partido político, apesar de ter as minhas convicções políticas bem definidas;
  • não pertenço a nenhum credo religioso;
  • acredito no Cooperativismo, enquanto sistema económico alternativo;
  • o meu objectivo com esta participação é simplesmente transmitir algumas ideias e concepções que tenho sobre o setor, as suas entidade e pessoas;
  • ao longo do ano 2022 irei tentar escrever sobre a Economia Social de um ponto de vista mais geral para um mais particular.

Depois desta curta declaração começo este ano por apresentar os meus argumentos para considerar da importância do setor da Economia Social (ES).

Se já poucos duvidassem da importância do setor da Economia Social na nossa sociedade, estes dois últimos anos de crise pandémica vieram confirmar cabalmente o valor e a importância deste setor.

As entidades do setor, associações, cooperativas, misericórdias, mutualidades e todas as outras entidades que dele fazem parte, foram um veículo de apoio e um garante da partilha equitativa dos apoios sociais a todos os cidadãos.

Estas entidades tiveram também uma importância fulcral não só pela manutenção dos seus serviços em funcionamento durante todo este processo, pelo aumento da capacidade e apoio que demonstraram aos seus utentes, a rapidez com que se adaptaram às novas realidades pandémicas, mas também pela sua capacidade em se desdobrarem no apoio a iniciativas promovidas pelo estado.

Dos quadros gerentes, conselhos de administração e restantes órgãos, aos colaboradores e cooperadores, aos voluntários todos sem exceção confirmaram a importância e a força de um setor que por vezes não é tido como essencial.

Fica então uma imagem que deixa o setor valorizado!

Imagem essa que acredito, será ainda mais vincada nos anos vindouros, anos que se preveem de “crise” económica. Com a crise sanitária ultrapassada teremos de “lamber as feridas” deixadas por dois anos de grande instabilidade económica, “lockdowns”, fecho de empresas, endividamento e um claro abrandar da economia.

Com este panorama em vista, a pressão sobre o setor da Economia Social será cada vez maior, e NÓS, aqueles que acreditamos na ES, cá estaremos para responder aos desafios que nos serão colocados de forma positiva, profissional, eficaz, eficiente e com a máxima qualidade!!!

E claro sem nunca esquecer os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pelas Nações Unidas. Bom Ano a todos!

* Tiago Martins Pombeiro Veloso é Mestre em Gestão e Regime Jurídico-Empresarial da Economia Social, no ISCAP Porto. Licenciado em Desporto e Educação Física pela FADEUP da UPorto, tendo realizado o quarto ano na Université Victor de Segalen Bordeaux II – França, é ainda Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa de Solidariedade Social Múltipla Escolha, CRL.

About the Author

Tiago Veloso
Mestre em Gestão e Regime Jurídico-Empresarial da Economia Social, no ISCAP Porto. Licenciado em Desporto e Educação Física pela FADEUP da UPorto, tendo realizado o quarto ano na Université Victor de Segalen Bordeaux II – França, é ainda Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa de Solidariedade Social Múltipla Escolha, CRL.