O presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Manuel Vila Nova, em sua primeira visita a sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), fugiu das perguntas dos jornalistas sobre a dissolução do Parlamento pelo presidente da Guiné-Bissau.
Neste dia 14 de dezembro em Lisboa, e já em funções na presidência rotativa da organização, o governante são-tomense destacou em seu discurso a mobilidade, o crescimento económico dos estados-membro e a “Juventude e Sustentabilidade”, tema que marca o exercício da presidência são-tomense para o biénio até 2025, com a realização dos Jogos da Juventude da CPLP.
Tema espinhoso
Vila Nova foi recebido pelo secretário rxecutivo Zacarias da Costa, e pelos representantes permanentes dos Estados-Membros, mas nada falou sobre a decisão do chefe de Estado da Guiné-Bissau, que a 4 de Dezembro dissolveu a Assembleia Nacional Popular, de maioria adversária, alegando que este “protege governantes criminosos”.
O presidente da Assembleia Nacional guineense, Domingos Simões Pereira, qualificou como “golpe de Estado constitucional”. Apenas quatro meses desde a tomada de posse de um novo governo, o presidente Sissoco Embaló decidiu dissolver o Parlamento, suspender a Constituição e todas as instituições e anunciar que um comité ou um conselho militar irá governar o país.
São Tomé e Príncipe assumiu a Presidência pro tempore da CPLP na última Conferência de Chefes de Estado e de Governo, realizada em Agosto de 2023, em São Tomé, sucedendo à República de Angola na presidência do bloco económico lusófono até 2005.