A CPLP pretende reforçar a cooperação em defesa entre os Estados-membro. Para o secretário-executivo da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), o embaixador Zacarias da Costa, a cooperação em Defesa entre os nove Estados-membros “é fundamental para a coesão da nossa organização”.
Em Luanda, durante a 22ª Reunião de Ministros da Defesa da CPLP, que decorreu nessa terça-feira 30 de Maio, o diplomata afirmou que “as ações de cooperação dão corpo a uma identidade de defesa em língua portuguesa, projectando a CPLP como uma zona de paz”.
A ministra da Defesa portuguesa, Helena Carreiras, aproveitou o evento para anunciar que a CPLP vai passar a ter participação conjunta, civil e militar, em missões de paz das Nações Unidas e ainda na área da segurança marítima, sem no entanto avançar detalhes.
A capital angolana tem sido palco essa semana de reuniões em diversos domínios políticos africanos e parceiros afectos à ONU, como a Educação, a Justiça, os Direitos Humanos e a Defesa.
O sector da Defesa tem sido uma das áreas de interesse para a captação de diversos parceiros. Zacarias da Costa apontou como exemplo a criação do mecanismo de cooperação mútua entre as forças armadas em situações de catástrofe, aprovada desde 2021, que prevê acções concertadas, de entreajuda a Estados-membro em situação de emergência.
O dirigente anunciou que a CPLP fará uma visita, no próximo mês de julho, ao Centro de Análise Estratégica da CPLP (CAE), em Moçambique, onde pretende que se identifiquem “novas oportunidades de trabalho em parceria”. A visita terá o Representante Permanente de Angola junto da CPLP, embaixador Oliveira Encoge.
Para mais avanços concretos, anunciou também a criação de uma bolsa de militares com formação especializada em cooperação civil e militar, aptos a integrar as suas forças nacionais constituídas para participar em operações de paz das Nações Unidas. Esta proposta tem sido defendida por Portugal há anos.
Costa referiu a retomada dos exercícios militares conjuntos “Felino”, suspensos durante a pandemia Covid, que promovem a operabilidade das forças armadas dos Estados membros da CPLP, com o objectivo de preparação de um Estado-Maior de uma Força de Tarefa Conjunta e Combinada (FTCC).
A CPLP criou recentemente no seu portal online um espaço exclusivamente dedicado à cooperação neste sector, voltado também para as diásporas lusófonas e Estados associados, para divulgar os trabalhos em curso, e assim contribuir para consolidar essa identidade de Defesa.
Zacarias da Costa considerou em sua fala que a cooperação em Defesa valoriza a CPLP, reforça a sua vocação de “espaço de concertação, de conhecimento mútuo e de confiança, ao mesmo tempo que promove a sua projeção internacional enquanto grupo de países”. (Fonte: imprensa local e Lusa)
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