Através de uma pesquisa em nível nacional realizada pelo Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social (INAES), órgão ligado ao Gabinete de Ministros do Estado argentino, foi possível avaliar a percentagem de argentinos que são a favor de cooperativas e mútuas.
O relatório “Cooperativismo e Mutualismo, Pesquisa Nacional do Sector Associativo” mostra que o cooperativismo e o mutualismo são o terceiro sector mais valorizado na Argentina, depois do sector privado e das PMEs, situando-se mesmo à frente do sector público e das organizações não governamentais (ONG).
Percentagens
O estudo revela que a aceitação desse tipo de actividade económica chega a 72%. Ao considerar a representação de valores como a Solidariedade, tanto as cooperativas quanto as mútuas estão em primeiro lugar.

“Nos propusemos a desenvolver uma política de dados e informações. Por um lado, para fortalecer e melhorar as políticas públicas que praticamos diariamente e, por outro, para fornecer ao sector ferramentas que serão úteis para fortalecer e aprimorar ainda mais seu desenvolvimento e seu relacionamento com a comunidade”, afirmou o presidente do INAES, Alexandre Roig.
Enquanto isso, 54% da população da amostra declarou não ter nenhum vínculo com esse sector. No entanto, 65% dos que tinham vínculos com o sector eram favoráveis.
“O movimento cooperativo recebe uma opinião muito favorável na sociedade argentina, ainda mais do que o sector público, por exemplo”, afirma Mario Riorda, consultor político que prestou consultoria metodológica para a pesquisa.
Riorda acrescenta que “o interessante é que essa percepção aumenta ou se consolida nos sectores em que há maior presença de cooperativas. Em outras palavras, quando esta se consolida, quando sua presença é sentida activamente, o apreço aumenta ainda mais, especialmente entre os jovens”.
Que Cooperativas?
A pesquisa ainda constatou que a avaliação mais positiva que os argentinos fazem das cooperativas é liderada por aquelas que se destinam ao trabalho (61%). De seguida, vem as cooperativas de consumo (58%).
A partir daí estão as cooperativas de produção agrícola, de prestação de serviços públicos e de utilidade pública. Mútuas, farmácias, lazer, turismo, saúde e serviços ao consumidor completam a lista.
Quando comparadas em termos de eficiência, reputação, transparência e histórico, as cooperativas também estão à frente dos sectores público e privado.
Por fim, 33% dos entrevistados acreditam que as cooperativas são usadas para criar trabalho, 26% para fornecer serviços e 13% para organizar a produção. Mais de 2.200 pessoas participaram da pesquisa, realizada por telefone.
(Fonte: MundoCoop/Vía País)
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