A cooperativa Raditáxis do Porto e a plataforma Bolt firmaram uma parceria para “melhorar a resposta aos pedidos de mobilidade no Porto”, afirmou o responsável de Transporte em Veículo Descaracterizado (TVDE) da Bolt em Portugal, Nuno Inácio, ontem em declarações à Lusa.
A partir de 1 de Julho, um projeto-piloto de seis meses pretende oferecer aos associados da Raditáxis do Porto a oportunidade de poderem experimentar a plataforma (app) e os seus benefícios. A experiência já foi testada com sucesso na Ilha da Madeira, com a Táxis RAM.
O presidente da cooperativa Raditáxis do Porto, Agostinho Seixas, acredita numa “transição pacífica” dos taxistas, “como foram todas as transições ocorridas no sector do táxi” e descreve o negócio como um “passo disruptivo, pois as próprias cidades estão a crescer e a registar necessidades também elas disruptivas”, citado pela Lusa.
Mobilidade no Porto em solução mista
Numa fase inicial serão oferecidas ao cliente três modalidades de transporte, a “Normal”, cujo preço será a de um taxímetro convencional, a “Light”, que assume os preços praticados na Bolt e a categoria “XL”, para veículos maiores, também uma réplica do formato taxímetro. É expectável que haja, por outro lado, ajustes nas centrais telefónicas, com consequências para estes profissionais.
A RadiTáxis – Cooperativa dos Rádio-Táxis do Porto, C.R.L. foi fundada em 1960, sendo a primeira central de “radio-táxis” em Portugal e uma das primeiras na Europa. Hoje com 64 anos de actividades, detém a maior frota de táxis da cidade do Porto, com mais de 425 viaturas.
A Bolt é uma empresa de plataforma de mobilidade por meio de aplicação telemóvel, líder na Europa em transporte TVDE. A empresa tem flexibilidade para actuar em outras oportunidades neste mercado, como as trotinetes, mas não tem o estatuto de credibilidade em transporte de passageiros como a RadiTáxis.
(Fonte: Lusa e RadiTáxis; foto: C.M. Porto)
