A Confederação das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) não aceita e não se revê na decisão de extinção das Direções Regionais de Agricultura (DRAP).
Está em causa o modelo definido em Conselho de Ministros, e anunciado pela Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, que dá início à transferência e partilha de competências de serviços regionais do Estado para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
As quatro maiores instituições da Agricultura em Portugal, para além da Confagri, também a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) e a
Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) assinaram um comunicado conjunto de repúdio às directivas do governo.
A Confagri já solicitou uma audiência ao primeiro-ministro, António Costa, “com a maior brevidade possível”, onde irá expor a sua posição. Está também agendada para o dia 13 de janeiro uma Reunião do Conselho Geral da Confagri, órgão de consulta da Confederação, onde o assunto será analisado pelos Dirigentes das Organizações Agrícolas associadas.
Em nota, a confederação afirma que a decisão “não vai ao encontro da identidade, especificidade e proximidade exigida pelos agricultores e pela agricultura em Portugal”. “Manifestamos, por isso, total apreensão e preocupação face às consequências que poderão advir de tal processo para o setor e para o espaço rural português.”
A Confagri “defende um Ministério da Agricultura forte, credível e de proximidade junto dos agentes agrícolas e dos territórios rurais”, segundo o comunicado.