Somos todos os dias bombardeados com a crise que se avizinha, e com as consequências nefastas dela para o nosso modo de vida, e sobretudo, para a palete de direitos tão arduamente conquistados nestes séculos.
É nos dito que quase que temos de aceitar a redução de direitos, e de modo de vida, pois isso preservara ainda muitas coisas importantes.
Ora não é assim e não tem de ser assim
Urge fazer três pequenas reflecções sobre três matrizes que teimamos em as deixar colocar num debate, sem que disso se retome algum ganho.
A primeira delas é a que nos coloca perante a necessidade de repensar o que é o nosso papel nas sociedades em que vivemos. Teima hoje muita corrente de pensamento, de que comunidade, País, e sobretudo língua nacional, são empecilhos ao futuro radioso anunciado como inevitável.
Ora muito pelo contrário, estes valores são os que protegem a nossa individualidade e liberdade face ao igualitarismo social político e económico desses verdugos do futuro anunciado.
A segunda delas, prende-se com o facto de paulatinamente o acesso à informação nos estar a tornar cada vez mais dependentes de pensamentos estranhos e direcionados para um caminho que não nos interessa.
É dado como bom e certo, apesar de muito errado, que não há necessidade de ler, de pensar, de refletir, e sobretudo de ter de haver contraditório.
Hora a base da nossa tradição greco-romana, diz que sem isso a afirmação do cidadão não se faz e sobretudo não se atinge.
Afundados num relativismo moral e acéfalo estamos a conduzir a sociedade em caminhos de destino incerto e fugaz.
Por fim, e como ideia a pensar, induzimos na sociedade uma busca desenfreada de prazer e satisfação pessoal a todo o custo o que conduz a deterioração dos fundamentos do ethos social e da vontade coletiva.
Temos direitos sim, mas antes de mais, temos deveres para com a comunidade e perante a vida em paz e em sociedade.
Terminado quero deixar aqui a nota de que a crise é evitável, e sobretudo não pode conduzir a uma sociedade que tantos dos nossos antepassados lutaram para sair.
A saída e a solução está como sempre em nós e nos níveis de concessão que estamos dispostos a fazer para garantir uma frágil e incerta segurança.
Urge querer lutar e dizer não!
Sim, porque a liberdade anda por aí e essa sim urge proteger e defender.
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