Cidades do Nordeste do Brasil inauguram esta semana uma parceria de cooperação agrícola com a China para aumentar a produtividade de propriedades de agricultura familiar. O lançamento do programa Unidade Demonstrativa Brasil-China de Cooperação em Desenvolvimento Agrícola prevê o teste de 31 máquinas agrícolas de pequeno porte em assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), cooperativas e em unidades de agricultura familiar.
O acordo, entre o Brasil, indústrias e Universidade Agrícola da China, prevê um período de testes para identificar os itens de maquinaria que se adaptam ao dia a dia da produção em território brasileiro. A expectativa é que a introdução dos equipamentos aumente a eficiência em diferentes estados da Região Nordeste, a partir dos tipos de solo e sistemas produtivos.
Das 31 máquinas, entre tratores, motocultivadores e motoenxadas, 11 foram entregues ao MST no Rio Grande do Norte, e o restante distribuídas entre cidades do Ceará, Maranhão e Paraíba, onde serão realizados os testes de eficiência. O objetivo é que os equipamentos chineses venham a ser produzidos no Brasil, como parte do plano do governo brasileiro para o relançamento da industrialização do país.
“O ato é resultado da parceria estratégica do Brasil com a China para fortalecer a mecanização agrícola na agricultura familiar e nas áreas de Reforma Agrária, contribuindo na produção de alimentos saudáveis”, informou o MST à Agência Brasil. Uma delegação da Universidade Agrícola da China e de representantes de diversas indústrias de máquinas agrícolas chinesas já se encontram no país.
Segundo o movimento, a relação entre brasileiros e chineses tem se estreitado desde 2022. A parceria conta com apoio da Associação Internacional para a Cooperação Popular (AICP), da Universidade Agrícola da China, da Associação de Fabricantes de Máquinas Agrícolas e do governo brasileiro, que oferece financiamento a partir do programa Mais Alimentos.
Durante o lançamento do programa estiveram presentes à cidade de Apodi a governadora do Estado, Fátima Bezerra, os ministros do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, da Secretaria Geral da Presidência, e das Ciências, Tecnologia e Inovação, além e instituições governamentais, confederações coopevativas e empresas públicas. (Por Luciano Nascimento, Agência Brasil; Edição Diário 560)