Agenda eleitoral da Economia Social

Por Paulo Jorge Teixeira

Dia trinta vamos ser chamados a votar. Aprendemos que o voto é um direito e que o devemos exercer. Dizem-nos que maus políticos são eleitos por gente que ficou em casa e não foi votar, algo que discordo, pois, o inverso é muitas vezes mais verdadeiro neste mundo de pão e circo.

O que se procura ver fazer e esclarecer e concretizar são ideias, vontades e programas são feitos pelas forças vivas e sobretudo pelos partidos candidatos às eleições.

A dúvida que temos que esclarecer é saber se temos uma agenda e ou uma lista de objetivos a concretizar para a área da Economia Social. Penso que infelizmente falta aqui a consciência de classe que obriga todos a escolher e saber as falhas e as necessidades que temos de solucionar.

As OES, vergadas pelo peso do dia a dia, não são capazes de se debruçar sobre si próprias e sobre as outras entidades do sector e projetar o presente e necessidades imediatas e muito mais, são incapazes de pensar o futuro. Antes de termos agendas e objetivos estratégicos devíamos pensar em criar pensadorias sobre as falhas e as necessidades que se nos apresentam. Por as pessoas a pensar fora da caixa e sobretudo criar a consciência de classe que é indispensável a ter soluções e a resolver problemas.

As entidades de cúpula do sector estão desfasadas e sobretudo alheadas do que é o dia a dia das entidades que agregam e tutelam. Devemos investir em criar entidades novas nas áreas chave e procurar construir um SAAL para a Economia Social, com a visão de que ele só funcionará se evitarmos as falhas dele.

Por todos os intervenientes a participar, criando nas organizações as boas praticas que façam as direções pensarem e trabalharem para por o futuro em marcha. Acredito nesse caminho. Mas acho que devemos junto dos partidos deixar claro o que somos e quem somos, e o que queremos como respostas, sob pena de continuar tudo igual e nada mudar.

Mas ir votar é desígnio e dia trinta lá estarei a exercer esse voto que tanto custou a alcançar. Com a certeza que depois de dia trinta estaremos ao serviço de quem ganhar para influenciar os destinos e os caminhos deste sector e da comunidade que se chama Portugal.

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Paulo Jorge Teixeira
Paulo Jorge Teixeira é presidente da Direção da Cooperativa do Povo Portuense.

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