Por Clementina Henriques *
As formas de organizações das actividades, sejam de bens de consumo, sejam de bens sociais, terão uma raiz única que passam pelas necessidades dos indivíduos, a procura, que os leva a associarem-se.
Mesmo face à modificação dos modelos de funcionamento da economia, ao longo dos tempos, e às suas especificidades, não se alteram a natureza, os objectivos e muito menos a missão das organizações da Economia Social (E.S.).
Intervir socialmente, pelo bem comum, sem fins lucrativos, sem apropriação das mais valias geradas, é transversalmente a sua missão. Missão que será flexível. Nesta fase, em que um vírus, sem identidade, nos invade à E.S. colocam-se desafios inovadores.
Também ao cooperativismo, uma área da Economia Social, um modo de associativismo, cooperativista, que tem por fundamento o progresso social a cooperação e o auxílio mútuo, segundo o qual aqueles que se encontram na mesma situação desvantajosa de competição conseguem, pela soma de esforços, garantir a sobrevivência, se pedem respostas. Na sua génese, nos primórdios do séculos XVIII, o cooperativismo pretendia constituir uma alternativa política e económica ao capitalismo, eliminando o patrão e intermediários, e concedendo ao trabalhador a propriedade de seus instrumentos de trabalho e a participação nos resultados de seu próprio desempenho, e hoje?
Já quanto ao Associativismo, as organizações de carácter voluntário e benévolo, começam por enquadrar associações de classe, associações culturais, científicas, recreativas, desportivas, entre outras e surgem em reacção ao liberalismo ortodoxo, que suprimia as corporações.
Mas a realidade é dinâmica… as necessidades, diferentes, requerem novas respostas, respostas da Economia Social, num modelo sistémico.
* Conselheira Nacional da CPCCRD (Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto)