“A palavra é metade de quem a pronuncia, metade de quem a ouve.”
Michel de Montaigne
“Levar a palavra educativa cooperativa em um meio de ampla abrangência implica conquistar espaços de divulgação dos valores e princípios do nobre sistema cooperativo. Envolve promover uma forma de organização da produção, do trabalho, da educação e da própria vida sob a orientação do esforço próprio e da ajuda mútua.”
Por José Yorg, o cooperário *
Motivado pelo gentil convite que me foi feito por Marcelo de Andrade, Editor-Chefe do Diário online para a Economia Social da República de Portugal, comecei imediatamente a escrever sobre o tema da comunicação para o cooperativismo, ou seja, falando sobre o importância da comunicação que é claramente relevante.
Como todos sabemos em todo o mundo fomos “invadidos” pelas tecnologias de comunicação, no entanto, não há evidências de que as pessoas tenham aumentado o seu diálogo; alguns psicólogos manifestaram preocupação com o uso excessivo de telemóveis.
O fluxo de informações é incrível, mas e a capacidade de selecionar informações relevantes para se desenvolverem como seres humanos? É uma questão perturbadora.
Nesta linha de pensamento já podemos perceber que o cooperativismo e sua contribuição intelectual humana são vitais, pois sua Doutrina e seus princípios são guias estratégicos para uma ação construtiva para um mundo melhor, essa é a sua razão de ser.
Desde os seus primórdios, o cooperativismo viu a necessidade de expandir as suas ideias num contexto contrário aos seus postulados de outra economia, outra perspectiva empresarial e outros objectivos sociais, portanto, a comunicação é relevante para o progresso cooperativo num mundo cheio de mensagens individualistas e oportunistas.
Não posso deixar de partilhar alguns parágrafos de um artigo recente, pois considero que está fortemente ligado a este artigo, em termos de mensagem cooperativa e comunicação:
“O grande psicoterapeuta alemão Erich Fromm falou sobre a perda de valores pessoais e sociais que consiste em acreditar que o que a sociedade considera “normal” é “bom” e “correto” para cada um de nós, por exemplo, mentir, trair, roubar e muitos outros, nos levaram a sociedades tensas, desanimadas e até violentas”.
A mensagem do artigo aqui partilhado se chama
“Se aprendêssemos o cooperativismo seríamos pessoas melhores que construiriam sociedades felizes e justas”.
A mensagem da comunicação cooperativa contribui enormemente para que os leitores tenham outra visão da própria vida: suscitar no povo a cultura da cooperação, do altruísmo social, da companheirismo, a ponto de consagrar que “o nome do novo evangelho da redenção social se chama cooperativismo.”
“Lembro-me que um dia, há muitos anos, depois de intensas reflexões sobre o papel do cooperativismo nas comunidades, perguntei ao querido Padre Luque esta conceituação, temendo ter feito uma profanação, e ele me disse que estava correta”.
É pertinente, então, que “falemos de alguns dos valores que o cooperativismo representa, como a ajuda mútua, a responsabilidade, a democracia participativa, a equidade, a proporcionalidade, a fraternidade, esses valores permitem relações amistosas e mentalmente saudáveis.”
Em fraternidade, um abraço cooperativo!
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