Por Tiago Veloso
Os princípios
O princípio que iremos abordar neste artigo é o 7º Princípio – Interesse pela Comunidade.
“As cooperativas trabalham para o desenvolvimento sustentável das suas comunidades, através de políticas aprovadas pelos membros.”
O interesse pela comunidade parte da génese do cooperativismo.
Os Pioneiros de Rochdale, sentiram-se motivados a desenvolverem esta “teoria”, o cooperativismo, como forma alternativa e diferente para conseguirem assegurar para si e para a sua comunidade, melhores condições laborais, sociais e até mesmo existenciais.
Estamos em plena Revolução industrial, as condições de vida para a maioria dos trabalhadores da época eram bastante difíceis. Nas vilas e nas cidades industriais, tudo era escasso, higiene, comida, educação e saúde. Surge assim um conjunto de pessoas que tem como principal objectivo, melhor a sua condição de vida.
Com a motivação de quem quer melhorar a sua vida, começam por abrir uma pequena loja de venda de produtos essenciais, como por exemplo, farinha para pão. Esta loja tinha como ideal a venda de produtos de qualidade a preços acessíveis.
Estes “Pioneiros” foram os primeiros cooperativistas a criar um conjunto de princípios que regia a sua atuação junto dos que faziam parte desta “comunidade”. Estes princípios mostram desde o início a preocupação com a comunidade, a sua maioria têm subjacente a melhoria a comunidade onde a cooperativa se insere.
Assim é de esperar que ao longo dos anos e com o “aprimorar” dos princípios cooperativos, o interesse pela comunidade tenha ganho um lugar de destaque por seu próprio direito.
Podemos ainda salientar a existência do ramo das cooperativas de solidariedade social, onde o seu fim específico é a comunidade e a resolução de problemas associados a ela.
É também através deste princípio que temos a premissa do desenvolvimento sustentável da comunidade, as cooperativas são excelentes embaixadoras dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas. As cooperativas devem ter presente os 17 ODS’s e tentar de forma efectiva contribuir para que cada um seja uma realidade dentro da sua comunidade.
Esta “justiça ética” deve estar sempre presente nas cooperativas e nos cooperativistas, a melhoria das condições de vida através deste modelo alternativo é, no meu ponto de vista, uma solução a médio longo prazo para um mundo mais sustentável e prospero.
O futuro é cooperativo!
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