A base do Cooperativismo: Intercooperação

Por Tiago Veloso *

Os princípios

O princípio que iremos abordar neste artigo é o 6º Princípio – Intercooperação.

“As cooperativas servem os seus membros mais eficazmente e dão mais força ao movimento cooperativo, trabalhando em conjunto, através de estruturas locais, regionais, nacionais ou internacionais.”

Neste ponto diz-nos o Código que um processo fundamental do movimento cooperativo, é a intercooperação entre as cooperativas. Seja ela feita de forma informal ou de forma mais formal através de estruturas como por exemplo as uniões de cooperativas ou federações.

“A união faz a força”,
poderia ser o título deste princípio.

Tal como o conceito base das cooperativas, em que a associação/agregação de pessoas para resolução de um problema comum resulta de forma mais eficaz, também a cooperação entre cooperativas e a sua agregação traz melhores resultados.

A intercooperação acontece também pelo motivo de que, quem “fala a mesma língua”, entende-se melhor. As Cooperativas e os cooperativistas tendem a conseguir cooperar de forma mais prática e simples tendo como premissa final o desenvolvimento do movimento cooperativo.

Diversidade de ramos cooperativos e de nacionalidades
durante a Cimeira Cooperativa de Língua Portuguesa

Cumprindo este princípio tivemos este mês a Cimeira Internacional Cooperativa de Língua Portuguesa no Porto, cimeira esta que reuniu várias cooperativas, uniões de cooperativas e federações cooperativas dos países de língua oficial portuguesa com o objectivo de partilhar experiências e acima de tudo da promoção de negócio e desenvolvimento económico. Foi uma semana de intensos trabalhos, cooperação e partilha. Um exemplo de Intercooperação que ficará marcado na memória de todos.

Um exemplo mais contínuo de Intercooperação é a Praça das Cooperativas, UCRL, uma união de cooperativas de vários ramos, tão distintos como a produção agrícola, a solidariedade social, escolas, cooperativas culturais e artísticas, todas unidas para a promoção dos produtos e serviços de qualidade, dando uma imagem jovem e profissional ao movimento.

Para concluir afirmo que este será provavelmente um dos princípios mais ecléticos do código, podendo nele caber todo o tipo de acções e procedimentos.

O futuro é cooperativo!

About the Author

Tiago Veloso
Mestre em Gestão e Regime Jurídico-Empresarial da Economia Social, no ISCAP Porto. Licenciado em Desporto e Educação Física pela FADEUP da UPorto, tendo realizado o quarto ano na Université Victor de Segalen Bordeaux II – França, é ainda Presidente do Conselho de Administração da Cooperativa de Solidariedade Social Múltipla Escolha, CRL.

Be the first to comment on "A base do Cooperativismo: Intercooperação"

Leave a comment

Your email address will not be published.


*