O relatório do secretário-geral da ONU de 2023 sobre Cooperativas no Desenvolvimento Social foi divulgado. O relatório define a abordagem do ecossistema empreendedor como uma forma fundamental de apoiar as cooperativas na realização do seu potencial para aumentar o bem-estar económico e social para todos.
O documento será apresentado à 78ª Assembleia Geral da ONU, que se realizará de 18 a 26 de Setembro, a que Guterres chama de “G 193”, e pretende adotar uma nova resolução sobre cooperativas no desenvolvimento social. As recomendações centram-se na investigação, nos dados, no diálogo político, no apoio técnico e no reforço de capacidades.
No relatório, António Guterres aplaude a forma como as cooperativas promovem o desenvolvimento sustentável nas suas três dimensões de desenvolvimento social, desenvolvimento económico e protecção ambiental, contribuindo para a “inclusão social e a erradicação da pobreza e da fome”.
“As instituições multilaterais de hoje, construídas após a Segunda Guerra Mundial, refletem o poder político e económico daquele período”, declarou ontem. “As nossas instituições multilaterais não refletem o mundo de hoje”, afirmou Guterres.
O futuro é cooperativo
O relatório descreve as principais políticas e ações que podem ajudar as cooperativas a concretizar todo o seu potencial para apoiar os Estados-Membros na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), nomeadamente proporcionando empregos dignos, promovendo a erradicação da pobreza e promovendo a sustentabilidade ambiental.
Embora os Estados-Membros tenham reconhecido as cooperativas como parceiros fundamentais para o desenvolvimento sustentável, afirma o relatório do secretário-geral, “elas continuam a desempenhar um papel relativamente pequeno nas políticas e práticas económicas e sociais globais, em comparação com a sua enorme contribuição potencial”.
Este relatório é o resultado da discussão no âmbito da Reunião do Grupo de Peritos (EGM) sobre Cooperativas no Desenvolvimento Social, organizada pelo Departamento de Assuntos Económicos e Sociais das Nações Unidas (UN DESA) em Maio, na qual a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) esteve envolvida.
Os especialistas são oriundos de diversas áreas, incluindo investigadores do meio académico, profissionais do movimento cooperativo e departamentos governamentais responsáveis pelas cooperativas.
(Fonte: ACI e TRT)
