O presidente da Confederação Empresarial Espanhola da Economia Social (CEPES) e da Economia Social Europeia (SEE), Juan Antonio Pedreño, propôs recentemente o estabelecimento de uma estratégia euro-mediterrânica para empresas e entidades da Economia Social da região.
O repto foi lançado em Barcelona, durante a Conferência Economia Social, organizada em 17 de Outubro pela União para o Mediterrâneo, a Comissão Europeia, o CEPES e a Cooperação Alemã para o Desenvolvimento.
“Uma estratégia que seja concertada com organizações da Economia Social que fazem parte do desenvolvimento do Plano de Acção Europeu para a Economia Social, estabelecendo objectivos em torno dos quais todas as instituições podem trabalhar em conjunto para aproveitar ao máximo os recursos disponíveis”, disse Pedreño.
O evento reuniu representantes e especialistas da Economia Social de 30 países para divulgar as oportunidades e tendências actuais da ESS na região, realçar o boom que este modelo de negócio está a experimentar, promover o empreendedorismo e facilitar a participação activa das mulheres na Economia Social.
Europa e África do Mediterrâneo pela Economia Social
Pedreño agradeceu ao Secretário-Geral Adjunto da União para o Mediterrâneo (UpM), Abdelkader El Khissassi, e as delegações da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento e do ministério espanhol do Trabalho e da Economia Social, pelo compromisso com a Economia Social.
Por sua vez, Abdelkader El Khissassi referiu-se ao compromisso da União para o Mediterrâneo durante anos em apoiar e promover o modelo de Economia Social nos 43 países que a UpM representa.
Visitación Álvarez, do Ministério espanhol do Trabalho e Economia Social, explicou a importância do Plano de Acção Europeu para a ES e a recente recomendação da Comissão Europeia. “Ambos são instrumentos muito valiosos que permitirão unificar ações e legislações em relação à Economia Social”, acrescentou.
Recorde-se que o potencial da Economia Social no Mediterrâneo envolve 3,2 milhões de empresas e organizações que em toda a região euro-mediterrânica empregam mais de 15 milhões de pessoas, tornando-se assim um actor-chave nas políticas para criar e manter empregos de qualidade, especialmente para os jovens.
No evento, teve lugar uma mesa redonda sobre a realidade actual da região, na qual participaram representantes e especialistas da Economia Social de países como o Egipto e a Jordânia, próximos do conflito armado em Gaza.