Cimeira Internacional Cooperativa em Língua Portuguesa no Porto cativa os participantes

“Precisamos de uma integração parlamentar
em Língua Portuguesa. Temos no Brasil e no Timor Leste.
Mas em Portugal ainda não”

Fernando Martinho

A participação em vídeo exclusivo para o evento, de Elizário Ferreira, Secretário de Estado das Cooperativas do Timor Leste abriu a Cimeira. O governante afirmou que, embora “os nosso vizinhos mais próximos são a Indonésia e a Austrália”, o Cooperativismo foi e é “muito importante na construção deste jovem país. Somos pequenos, mas somos grandes porque falamos Português”.

O vereador dos Pelouros da Educação e da Coesão Social da C.M.Porto, Fernando Paulo, esteve presente e lembrou que “o associativismo e o cooperativismo tem muita expressão nesta cidade, tanto na área Cultural como na Educação, […] dando respostas às nossas necessidades”.

Na mesa de abertura, Fernando Paulo (CM Porto), Paulo Jorge Teixeira (PortuenseCoop) e Roberto Coelho (OCB/RN)

Roberto Coelho, presidente da Organização das Cooperativas do Brasil, secção RN (OCB-RN), a maior delegação presente à cimeira, alertou que “uma cooperativa só é atrativa se trouxer resultados”. Esta afirmação foi repetida muitas vezes ao longo do dia por diversos participantes.

“Precisamos de uma integração parlamentar em Língua Portuguesa. Temos no Brasil e no Timor Leste. Mas em Portugal ainda não”, afirmou Fernando Martinho, da TrabalhoCoop, e membro da Comissão Organizadora da Cimeira. Martinho alertou para uma observância na legislação sobre as Cooperativas em cada país da CPLP.

Nas Sessões Plenárias, falaram diversos participantes, como Natália Pereira pela Cooperativa de Formação e Animação Cultural (COFAC), Manuel Solla pela AtlasCoop, Rui Seabra sobre as actividades da ElectriBlue em Cabo Verde, e ainda Fernando Barbosa sobre a iniciativa da Cooperativa Focus, destinada a respostas para pessoas com autismo.

“As cooperativas
não são sexy!”

Pedro Ximenes, da IOB de Timor Leste
Sérgio Lino (AlfaCoop), Paulo Vinhais (EPES), Pedro Ximenes (Timor) e Tiago Veloso (PráCoop)

Os ânimos aqueceram no segundo painel, dedicado às dificuldades e desafios para o futuro, porque, instigados pelo moderador timorense Pedro Ximenes, chegou-se a conclusão que as cooperativas “não são sexy!”, no sentido de serem atrativas para a juventude.

Este ponto foi aprofundado por Tiago Veloso, da Praça das Cooperativas, que concordou que as cooperativas estão a “falhar em Comunicação e Marketing”. Foi reforçado por Paulo Vinhais, da EPES: “Não estamos a comunicar bem”, e ainda por Sérgio Lino da Alfacoop: “uma cooperativa tem de ser atrativa, senão não sobrevive”.

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Ao fecho deste comentário, ainda decorria a mesa sobre a “Necessidade de alargar o ramo do Crédito Cooperativo em Portugal”. Custódio Arrais, do Sicoob no Brasil/RN deixou um panorama da estruturação histórica dastas cooperativas no Brasil.

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Marcelo de Andrade
Editor do Diário 560. Jornalista e Fotojornalista há 35 anos.

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