A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola (Confagri) e a Confederação dos Agricultores (CAP) exortam o governo a tomar medidas para um patrulhamento efectivo nas zonas rurais, bem como desenvolver mecanismos dissuasores dos furtos aos agricultores.
A falta de resposta aos furtos em postos de transformação que têm ocorrido em inúmeras explorações agrícolas do país levou a Confagri a endereçar ontem uma carta ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, apelando a que se dê “máxima prioridade à resolução deste problema.”
Diante da frequência destes furtos, as companhias de seguros não aceitam segurar os postos de transformação, incorrendo os agricultores numa perda total do valor investido, em caso de roubo. A CAP vai mais longe, e exige do governo mais fiscalização e o agravamento da moldura penal para estes crimes.
Os roubos incidem na retirada de cobre existente nos postos de transformação, o que inviabiliza o seu correcto funcionamento. Em 2023, a Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve 122 pessoas e identificou outras 299 entre Julho e Dezembro, por crimes de furto nas explorações agrícolas, anunciou recentemente a corporação.
Nuno Serra, secretário-geral da Confagri garante em nota que a organização está “inteiramente disponível para colaborar no que for necessário, de forma a encontrar uma solução rápida e eficaz, que ponha um travão a estes graves acontecimentos que não só colocam em causa a produção das explorações furtadas, como acarretam um custo avultado para os agricultores que têm de proceder a reparações ou substituições dos equipamentos”.
A Confagri juntou à carta dezenas de fotografias feitas pelos agricultores de todo o país, com o intuito de comprovar os atos ilícitos. (Foto: J.F. S. Romão de Neiva)